1 de julho de 2011

Oito invernos

Desperta, anjo, a fúria do machado
Largue o peso de teu pavor nos meus lábios cegos de rancor
Dance com ele de olhos embriagados
E me acerte como os abutres o coração da alma
Reúna todos, todos os teus versos repetidos e guarde meus braços
Para que eu os rasgue e lance em carnaval sobre o teu rodopio incessante
Acompanhe-me à floresta de espelhos rasteiros...
Ouça o canto da chama crescente flutuando nas teias
E derrame teu veneno amargo sobre esses versos enjoativos antes do fim

(22/06)

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