16 de julho de 2011

Que o veneno sufoque a mesma erva amanhã

Te digo, quando em ti tropeço, flor!
Sorvendo em orvalho os goles de tua saudade
Aflita, qual torrão de açúcar afogando a confissão na garganta da alma
É que me apertam os nervos da razão tua falta
Pós êxtase
Me debocham aos sorrisos feito a tua sorte involuntária pelas ruas dos pequenos abismos
Também em soluços contidos, inebriados de satisfação, a demora me assalta o peito
Uma dança vaga dos teus olhos eternos me toma ao colo e embala às vésperas de uma fantasia qualquer
Te respiro, como quem atrai aos pulmões a sinceridade e exala em perfumes sórdidos o fardo pesado do mundo vivo
Minha distância entende que escutas minhas verdades no calar de silêncios disfarçados pelas vergonhas mais discretas
Não morrerás, nem deixará existir maior beleza, viva
Subamos além, feito a escada de cordas escala a lua nublada
Feito o mesmo sentido a aproximar nossas palavras

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