26 de agosto de 2010

Não quero mais ser

Sou singular
Hoje mais que nunca
Sozinha no vendaval
Tão leve que me envolvo em seu canto agressivo
Faminto
Devastador
Na minha companhia
Converso, brigo, berro comigo
Me culpo
Feia
Tristonha
Sem braços alheios
Sem gravidade
Tão vulnerável
Sentimental
Grudada num sonho que foge pro espaço
Tão pesado é o meu coração
Antes leve como a utopia
Me amarra
Sufoca
Tão covarde ela aparece atrás de um vidro
De costumes
Pessoas
Convenções
Me mata aos poucos
Sei quem sou
Não quero mais ser

14 de agosto de 2010

Infinito

Hoje quero estar perto das coisa belas,
Das coisas leves, bonitas e perfumadas.
Quero estar perto da natureza, do conforto e do desafio
Quero buscar o que desinteressa
O novo, o justo
Hoje quero escutar, quero sentir
Quero acalmar e silenciar
Quero afastar e eliminar a turbulência de horrores
Desligar aTV
Tirar o veneno
Sorver o bem
Quero me livrar das manias
Tirar o mal da rotina
Transportar o amor
A alegria, o sonhar
Quero que o sono seja feito de nuvens
Que a fruta seja mais pura
Quero doar sem deixar de mim
Quero voar pelo infinito
Sem tirar os pés do chão
Quero que o hoje se estenda ao infinito