11 de fevereiro de 2011

Tempo

Uma dança
Dezenas de gêneros
Recordações milhares
Saudades não vividas
Que retomar os sonhos seja pior que vive-los
Eu rogo, eu rogo
Eu escuto essa canção enquanto ela me faz chorar de emoção
Eu a repito milhares de vezes
Esses sussurros
Essa voz
E gritos
Altos, baixos
Intenso ou morto
Eu não suporto esse sentido
Essa falta de palavras pra mostrar
Navegar, mergulhar, afogar no rio de um olhar daqueles
Daquele

Vagar e vagar e vagar
E meu coração sorri
Meu coração berra
Não se importa
Dê-me razão
Preces e preces
Deixe o sentido aqui que é bom respirar desse jeito
Me deixe ficar boba sozinha
Deixe que eu pareça ingênua
Lave meu espírito das cargas que me quiseram cética
Eu acredito
Eu prefiro, eu rio e que pareça desespero
A certeza agora é uma alegria medrosa de outras mágoas
É prazerosa uma dor assim
Volto a ser egoísta e fraca
Outras palavras presas vão sair
Dê-me tempo
Deixem, preces, que elas saiam e que elas voem livres
Não pode ser nada que não seja vida





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