14 de fevereiro de 2011

Dois

Bom respirar quando a tarde tá assim, pra chover outra vez.
Indecisa, a favor desse vento insistente
Ela
Matando essa saudade gostosa do inverno
Contemplando o manto de nuvens rasgado de espera
Nós
Azul e tons de cinza disputam a visão majestosa do entardecer
Amiga íntima das flores do campo coradas, seduzidas pelo doce aroma da terra
Surpresa das nuvens novas que viajam depressa pra contemplar a confusa dança das folhas perdidas no palco de terra
Eu
Invejosa eu,
Do doce carinho que os galhos do eucalipto derramam sobre as adalhas manhosas
Mais tarde e mais forte
O sol
Mais distante a chuva e próximo o calor
Contentes os pássaros que fazem do alto do pinheiro camarote
O sol nasceu duas vezes no mesmo dia
Pra eternizar na memória que cruzará essa noite
Natureza serva que arromba o espírito pra renovar minha paz
Que meus olhos lhe paguem em eterna oração
Conhece-me a alma, o que não posso,  farei à ti





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