19 de agosto de 2011

Eu sou o relógio, às vezes

Passadas as horas
Todas
Ele adormece, de súbito
Sem suspiro, sem murmuro, previsão...
No último tempo, na beira do fim
Despenca
Que só a espera tem licença de assoprar...
Portanto fica
Só se pode escalar engrenagens
Volta
Pisa em tal dificuldade qual a minha em entender
Lhe ver
E em pena, ainda, me sente
Ensina aos meus olhos ouvir o coração
Parado em meu peito, desiste e não bate
Arrodeia e tonto insiste no eterno arrodear
Impulso de quem não espera mais de mim, opera

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