29 de maio de 2011

Braços verdes

Tal qual planta a terra me agarra, e só
Tenho céu e ar
Agrada a tua calma, flor...
Atenção ao matiz!
Venha que deito em tua boca minhas cores ferozes
Ah! Tua calma flor... 
Me transborda o espírito em paz
Venha que derramo em ti a angústia presa em meus doces venenos
Basta que me beba pelos olhos
Tome parte de minha ira em teu repouso secular
Contemplo só teu descanso
Como quem rega uma saudade morta
O pó devolverá teu sonho ao meu
Teu suspiro terno habitará meu peito
Dos teus risos vivos, meu tronco seco guardará os ecos
De tua dança, amada, contará o vento

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