20 de março de 2010

Sem direitos

Eu peço socorro
Não é à você que devo pedir
Eu quero um remédio
Venha de onde vier
Eu quero esquecer
Seja como for
Eu quero fugir sem ninguém perceber
Sem ninguém pra encontrar
Sei o quanto o fiz mal
Não me diga que não
É uma vingança
Inconsciente, eu sei
Você nunca teve culpa
Devo pagar o dobro então
Eu não quis
Não quero minha chantagem
Eu preciso vomitar todas palavras
Não há espaço mais em mim
Desejo, enfim, a solidão
O silêncio, o vazio
O curativo que não quer vencer nem tapar a ferida aberta
Que não cura nem esconde
Mas que expõe sem se importar

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