20 de março de 2010

Choveu de repente

Deus me protege de mim
Não tenho onde ir
Não vou chorar
Nem que o onibus rode o universo
O tempo não basta
O pacto das hora com Ele
Me faz sofrer sem precisar mostrar
O choro arranha a garganta
Dói a alma e pesa o pensar
Tenho medo das palavras
Mas pesa tanto, em mim, guardar
Não há quem aninhe
Eu não posso dizer
Ainda me alegro na tua presença
Mesmo com essa indiferença
Mesmo o vendo atuar
Você vai lutar contra o sentir
Quando eu rio feito boba
Assim como uma criança
Pra te envolver e sentir teu pulsar
A vida que nasce em meu coração
Te vejo surgir e trazer minha paz
Quando a lembrança das palavras vem me assombrar
Quando eu lembro as ações sem você pra negar
Música é lembrança de tempos distantes
Eu já não sei o que fazer
Se meu poema é mais aflição
Sem cor
Sem harmonia nem som

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