12 de dezembro de 2011

1/4 anima o consciente

Era menina
Azul qual o lápis invisivel
Era só e convulsiva
Encrustada de ambulantes quartos repulsivos
Só dormia de algodão
Na noite aposentada dos prostíbulos
Era menina nos olhos da infancia devorada,
Alí no aperitivo da eternidade, notada
E acordada calça um luto a menina de corpo cansado
Velho
O inconsciente em escombros fétidos
O idealizado do coração sequer  mutilado
Nunca fora sonhado
E quente uma vez, suspira em vapores a frieza da vida, da garganta, do quarto
Vomita a borboleta alegre
Saiu do casulo para o véu da crescente morte ser enfim usado

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