22 de agosto de 2012

Bem aventurados os que usam olhos pra enxergar


Bem aventurada a náusea
Dos que a sentem
É indicio que têm olfato
E cheiram
Sem disputar a graça cínica de um farejador
Bem aventurado o nojo
Dos que escutam o veludo rouco,
Mal repercutido
Interpretado, falaz
Felizes esses
Sinal que limparam a cera grudenta do cativeiro
Ouviram a voz arranjada
Em flauta doce... e vibraram de inquietação
Bem aventurados os que sentem
Na pele, a pena do fanático
E sentem no peito mole, as palpitações da ânsia
De cuspir verdade alheia
De abrir olhos escravos
Bem aventurados os tolerantes, 
Que respiram o ar dos pesados
Sem regurgitar
Bem aventurada a consciência, a noite, o ar adolescente da liberdade
O sono dos que sonham franco
Beleza dos olhos feitos pra enxergar

Um comentário:

António Je. Batalha disse...

Olá , passei pela net encontrei o seu blog e o achei muito bom, li algumas coisas folhe-ei algumas postagens, gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns, e espero que continue se esforçando para sempre fazer o seu melhor, quando encontro bons blogs sempre fico mais um pouco meu nome é: António Batalha. Como sou um homem de Deus deixo-lhe a minha bênção. E que haja muita felicidade e saude em sua vida e em toda a sua casa.
PS. Se desejar seguir o meu humilde blog, Peregrino E Servo, fique á vontade, eu vou retribuir.