4 de maio de 2012

Velha chama

À água que vier
Que venha!
Queira vir
Devagar
Sem vontade
Sem calor e sem verdade
Pois que chama que a aquecia
Envelhece
E a memória só serve
Pra esquecer o que ardia
A água que vem, de coração,
Venha!
Suja
Com um pano úmido pra limpar
E a euforia
A alegria?
O samba, a promessa
a vontade, o calor e a verdade?
Nós dançamos desbotado
Nem só eu, nem só você
Às vezes, nós dançamos desbotado...
Mas, sabe que algo me faz leve amor?
Amor?
E que nada importe
Sujeira, água, pano
A chama arde num momento
Eu ardo
E se tua água chega gelada ou tarde
Que chegue de novo
Sem consciência
Pela metade
Estou aqui, sem mais pensar e sem vontade

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