25 de março de 2012

Hoje, duas

Amo quando ele canta
E ouço
É indício de que respiro
Danço
Num azul seda sem fim
Frescor morno que alenta
Sinto que escorre pela garganta
Feito um pedaço de sol que se inventa...
Isso são horas de voar?
Dentro da voz encantada és lindo
Pena que esqueço os detalhes
Minutos poucos depois que os sinto!
A mim tua vida foi confessada
E esvanecida
Amanhã se eu me perder te espero
Dentro de um sonho, adormecida

Uma vez à noite

Adoro quando você canta
Sob as cores do luar
As cobertas dançam devagar
E adoro quando passa à janela
Logo te ouço voltar ao ninho
De um lugar bondoso e quente
Dividimos um conforto
Sob leitos diferentes
Adoro quando você voa
E fecha os olhos para a brisa
Quando conta, em acalanto terno
Que o escuro é quase azul no inverno
Me faz explorar os sentidos
Procurar...
Deixa eu sumir no teu carinho!
Me leva ao colo, passarinho
Transporta para o infinito
Mostra o caminho em teu vôo bonito
Me leva nas asas passarinho
Mostra a senhora imensidão
Protege a tua amada
A deixa morar nesta canção

19 de março de 2012

Verdes

Eu não beijei teus olhos lindos mas o amo...
Minha fonte que não possuo!
Os meus choravam dentro dos seus
És criança e doce qual todas
Feita de mel alegre e encanto
Sinceramente, amor
Lindíssimo
Não preciso mais que fale
Cante apenas, com sua cor
Que a flor do teu espirito, exale
Meu anjo forte, nunca chore
Que teus olhos envergonhariam o mundo!
Ouça o que ensino:
Tua alma tem duas janelas
Claras, profundas
Onde moram os mares da tarde
Esperança à vida, não fuja!
Nem morra
Não me obedeça nunca e corra
O universo irá zelar por tua pele
Teus sons
Por você

8 de março de 2012

Realeza

Sou grata a todas as flores
Porque sou viva
E reconheço os presentes pagos
Mas são as emoções que guardo em cofre de ouro
Ante às palavras lisongeiras
Desmancho
Ou não
Porque entorno mel
E ferroo
Voluntaria ou acidentalmente
Jamais obrigada!
Sou o que não sei
Uma continuação
Ser inacabado e rico
Em detalhe, magia e capricho
Sou efêmera dentro da força que visto
Ponho a alma no corpo
A justiça nas unhas do discurso
E a dor na sola dos pés
Caminho, percebo o invisível
Respiro
Da metade da vida, sou poesia concreta