17 de janeiro de 2012

Uma

Sonhei que me amava em letras
Que me amava repetida e desesperadamente
Eu sonhei que me amava em promessas
E acreditei que promessas desgraçavam a vida
Eu jurei não gostar nem chorar
Eu sonhei que a lua não passaria de esfera branca sem linhas diagonais
Jurei que a força prenderia tua cabeça a minha
Mas o coração conhece o pesar
O incontrolável e o maior
A desgraça e o frio que ferve os ossos
Não tenho saudades da morte
Não tenho vontade dos fracos
Tenho aversão ao peito de nuvem inconstante
Eu tenho pedra na vontade da alma
Tenho um túmulo gelado prometido no sangue que a minha justiça sofreu

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