26 de agosto de 2010

Não quero mais ser

Sou singular
Hoje mais que nunca
Sozinha no vendaval
Tão leve que me envolvo em seu canto agressivo
Faminto
Devastador
Na minha companhia
Converso, brigo, berro comigo
Me culpo
Feia
Tristonha
Sem braços alheios
Sem gravidade
Tão vulnerável
Sentimental
Grudada num sonho que foge pro espaço
Tão pesado é o meu coração
Antes leve como a utopia
Me amarra
Sufoca
Tão covarde ela aparece atrás de um vidro
De costumes
Pessoas
Convenções
Me mata aos poucos
Sei quem sou
Não quero mais ser

Um comentário:

Ciça Ferreira disse...

A cobrança a nós mesmos é trágica pra nossa alma, sofrida p/ o nosso coração...
Mas é a nossa cobrança q nos faz melhores...
Não queira deixar de ser quem és, pois jamais poderá mudar sua singularidade...
Continue encantando com palavras, isso é para poucos...
Ótima quinta!