13 de abril de 2010

INTACTO

Eu sei
É tudo minha culpa
Não vener a dor
Não poder atuar
Se não sou forte pra guardar
É que o fiz morrer
Nem o bem compensa
Eu assumo a culpa
Sem consolo e sem tua paz
Não há mais pra onde correr
Nem cama onde chorar
Travesseiro pra gritar
Não há desejo em ti de mudar
Não há tempo nem propósito
O que vale a pena é se livrar
Eu GRITO
Você continua intacto
Imploro
Eu me ajoelho
Eu tento
Eu sou o que você foi
Numa versão impaciente
Você continua intacto
Intacto fosse o nosso amor perfeito saído dos céus
Resta à mim a loucura de quem não tem o que fazer
Você é bom demais pra mim, não?
São versos feios
Sem rima
Sem harmonia
É hoje o meu coração
Cheio de sonhos pra sonhar sozinha
Cheio de mágoas
Vazio
Solidão
De loucura, desespero por guardar
O amor que não me deixa amar

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