17 de fevereiro de 2010

Se a leitura for calma tanto quanto infinita

O som do arco-íris está sufocado por entre a íra dos céus
Ah se o som fosse o dele!
Para que estudar a harmonia que se sente e repreende?
Por que não sentir a melodia e beber do sopro?
Ouvir o pensar e namorar o vento?
Se uma noite um sol aquecer o corpo exposto num colchão de puro cetim
Se o branco reflexo cegar os olhos da alma e calar o medo do espírito
E se a chuva cair do alto céu bem mais lenta que a pluma
O amor voltará como autêntico
Hipnotizará aninhado em leves e infindas ondas castanhas de um mar singelo
Se a leitura for calma tanto quanto infinita
O sentirá
Levitando o espírito para além do pesar...

Nenhum comentário: